O maior desafio de um DPO não é a multa, é o pedido de um titular
- diginotas4
- 10 de set.
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Introdução
Quando se fala em LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), a primeira preocupação que vem à mente de gestores e executivos costuma ser a multa. Afinal, as penalidades podem chegar a milhões de reais, comprometendo seriamente a saúde financeira de qualquer empresa.
Mas, na prática, o maior medo de um DPO (Data Protection Officer) não é a multa em si. É algo mais simples, mas igualmente arriscado: não conseguir responder a um pedido de titular dentro do prazo legal.
Um simples e-mail ou formulário enviado por um cliente, paciente ou colaborador pode se transformar em um verdadeiro pesadelo corporativo se os dados estiverem desorganizados.
O DSAR como prova de fogo da LGPD
Um Data Subject Access Request (DSAR) — ou solicitação de acesso do titular — é o momento em que a LGPD deixa de ser teoria e passa a ser prática.
O titular dos dados pode perguntar:
“Quais informações vocês têm sobre mim?”
“Como meus dados estão sendo utilizados?”
“Quero que meus dados sejam excluídos.”
Na teoria, isso parece simples. Na prática, o DPO muitas vezes se depara com um cenário caótico:
Dados espalhados em planilhas que ninguém atualiza.
Informações em e-mails antigos sem padronização.
Caixas de arquivos físicos guardadas em salas esquecidas.
Sistemas de gestão que não se comunicam entre si.
O resultado? Retrabalho, estresse e risco real de descumprimento da lei.
O prazo legal não espera
Segundo a LGPD, as empresas têm prazos curtos para responder às solicitações de titulares. Não cumprir esses prazos pode configurar infração, sujeita a sanções administrativas e danos à imagem corporativa.
Isso significa que não basta ter os dados guardados. É preciso ser capaz de localizá-los rapidamente, organizá-los de forma clara e entregá-los com segurança.
E é aqui que entra o verdadeiro diferencial competitivo: a governança documental.
Governança Documental: o que muda para o DPO
Sem governança, os dados são um amontoado de arquivos. Com governança, eles se tornam um patrimônio organizado, acessível e auditável.
Três elementos são fundamentais:
1. Governança Documental
Organizar documentos físicos e digitais em um acervo estruturado, com indexação, padronização e controle de ciclo de vida.
2. Rastreabilidade
Saber exatamente quem acessou, quando e o que fez com determinado documento ou dado. Isso garante transparência e segurança em auditorias.
3. Controle de Acesso
Definir permissões claras: quem pode ver, editar ou excluir informações. Esse é o coração do compliance em relação à LGPD.
Por que o DSAR é o verdadeiro teste de maturidade em LGPD
Um DPO pode ter políticas bem escritas, relatórios detalhados e apresentações impecáveis para a diretoria. Mas, no momento em que chega um pedido de titular, tudo isso só vale se a empresa conseguir responder rápido e com precisão.
O DSAR é a prova de fogo porque ele mostra, na prática, se a empresa está preparada ou apenas no discurso.
Se os dados estão organizados: resposta em horas ou dias.
Se os dados estão desorganizados: semanas de correria, retrabalho e risco.
O impacto do DSAR mal gerido
1. Risco Jurídico
Não responder dentro do prazo pode gerar autuações e processos judiciais.
2. Perda de Confiança
O titular que não recebe uma resposta clara perde a confiança na empresa. Isso impacta a reputação e pode afastar clientes.
3. Custos Ocultos
Cada hora gasta por advogados, TI e RH tentando encontrar dados em planilhas e arquivos físicos representa um custo real para o negócio.
O papel da Diginotas na gestão de DSARs
A Diginotas ajuda empresas a transformar esse desafio em processo fluido e seguro. Com mais de 15 anos de experiência em digitalização e governança documental, a empresa oferece soluções que permitem:
Transformar documentos físicos e digitais em acervos organizados e padronizados.
Indexar informações com metadados, facilitando buscas rápidas.
Garantir rastreabilidade e trilhas de auditoria, essenciais para comprovar conformidade.
Estabelecer controles de acesso, assegurando que apenas pessoas autorizadas visualizem determinados dados.
Integrar documentos a sistemas corporativos (ERP, CRM, GED), eliminando silos de informação.
Assim, quando chega um pedido de titular, o DPO pode responder sem estresse e sem risco.
Exemplo prático: o pedido que virou alívio
Imagine um hospital que recebe o pedido de um paciente:📩 “Quero saber quais dados vocês têm sobre mim.”
Sem governança documental, esse pedido gera caos: prontuários em papel, dados em planilhas de RH, exames em sistemas distintos. A equipe perde dias tentando consolidar tudo.
Com a solução da Diginotas, o cenário muda:
Em segundos, os prontuários digitalizados aparecem.
Os metadados permitem localizar exames rapidamente.
A trilha de auditoria garante segurança e transparência.
Resultado: o pedido é respondido dentro do prazo legal, com clareza e confiança.
Conclusão
O maior medo de um DPO não é a multa. É falhar no momento em que o titular exerce seu direito de acesso.
Um simples pedido pode revelar o grau real de conformidade da empresa com a LGPD. Por isso, investir em governança documental, rastreabilidade e controle de acesso não é opcional: é a base para uma operação segura e em conformidade.
Na prática, isso significa menos estresse, menos risco e mais confiança — tanto para o DPO quanto para a empresa como um todo.
👉 E na sua organização: os documentos estão prontos para o próximo pedido de titular?
FAQs – Perguntas Frequentes sobre DSAR e LGPD
1. O que é um DSAR na prática?É uma solicitação formal do titular de dados pedindo acesso, correção ou exclusão de suas informações pessoais.
2. Qual o prazo para responder a um DSAR segundo a LGPD?O prazo pode variar, mas geralmente deve ser atendido em até 15 dias.
3. Qual a maior dificuldade das empresas no cumprimento de DSARs?A falta de organização e integração entre sistemas e arquivos físicos.
4. Como a governança documental ajuda no DSAR?Ela garante que os dados estejam indexados, rastreáveis e acessíveis em segundos, evitando retrabalho.
5. O que acontece se uma empresa não cumprir um DSAR?Além de multas, a empresa pode sofrer danos à imagem e perda de confiança dos clientes.